Esta Sexta-Feira, foi um dia atribulado para o meu corpo, e para o meu coração.
Bastou uma pessoa chamar-me enjoada, e toda uma cadeia de acontecimentos fez-me descarrilar.
Isto já vem tudo, de uma coisa que aconteceu antes das férias da Páscoa.... Eu estava cansada de me sentir mal, de me sentir usada pelo meu melhor amigo, e cortei a nossa amizade. Nunca pensei que fosse chorar tanto quanto chorei em certos dias, após isto.
As discussões, em minha casa, nestas últimas semanas, agravaram-se, e ver a minha mãe chorar foi a última gota. Só me apetecia bater na minha avó e depois fugir. Obviamente não bati na minha avó, mas guardo vontade de tal.
A vontade de implicar comigo, do meu pai, também parece ter aumentado, e eu estou cansada de chegar a casa e o ouvir dizer: ''ah, nem é preciso dizer nada, chegas a casa, deixas logo de sorrir''. E também estou farta de que os meus bons de 88 e 89 porcento nunca sejam suficientes.
Depois, não podendo descarregar em casa, cheguei à escola, e descarreguei no meu namorado. Temos-nos vindo a afastar, e custa-me a acreditar que possa mesmo perdê-lo.
Na Sexta-Feira, eu e o meu ''melhor amigo'' estávamos a fazer o trabalho de Ciências, e ele deu-me a pen dele, e disse para eu não abrir a pasta Private, que lá tinha pornografia. Ele foi ter com o outro grupo, que também estava fazer o trabalho, e disse que tinha vídeos pornográficos. Uma colega minha queria os vídeos, só que o pc deles estava lento. Ele trouxe a pen dela, e eu disse: "amiga x, só tens os vídeos depois de eu acabar o que estou a fazer, tábem? Kisses." Ela, ao invés de dizer ok, diz baixinho: ''Enjoada''.
Fiquei revoltada, e fui falar com os outros dois membros do meu grupo.
Passado um bocado, estava a falar com o meu m.a., e comecei a chorar.
Porquê?
Porque a pressão e os problemas que vêm de casa fazem com que eu passe o dia completamente stressada, o que afasta TUDO e TODOS de mim. E depois levar com os problemas dos outros em cima. E depois levar sermões por coisas que não fazem sentido. Ver discussões a acontecerem, e eu sem nada podes fazer. E acima de tudo, o meu namorado não reparar que eu estou mal.
Naquele momento, apeteceu-me agarrar na caixa dos comprimidos, ou fugir.
Podia ter sido uma outra pessoa qualquer a chamar-me enjoada, mas a amiga x, eu pensava que ela era deveras minha amiga, e que sabia como eu sou, e que depois de tudo, sabia pelo que eu passo.
O meu m.a. armou-se em rambo, e chamou o meu namorado. Tecnicamente, tentei não dirigir a palavra ao meu namorado, independentemente de ele estar farto de me perguntar o que tinha. Naquele momento não queria falar com ele.
À tarde, tentei explicar tudo ao meu namorado. Ele disse que quando eu me sentisse mal, que fosse falar com ele.
Isto accionou uma imensidão de coisas que eu sentia, e finalmente lhe disse a verdade. Finalmente lhe disse que quando falava com ele, sentia que ele não me ouvia, que ele me ignorava. Finalmente lhe disse que me sentia piro cada vez que reparava que ele não queria saber se eu estava bem, mal, ou se ele não entendia se eu estava bem ou mal.
Eu perguntei-lhe se ele sentia o mesmo que eu, se ele sentia que a nossa relação tinha regredido.
Ele disse que sim.
Dói quando percebes que tudo onde te dedicas está em ruínas. Dói quando percebes que quando precisas de um abraço, muitas vezes não to dão. Dói quando gritas bem alto, e ninguém te ouve. Dói ter de puxar as lágrimas vezes sem conta, mas elas descerem-te a cara na mesma. Dói que mesmo depois de uma dieta rigorosa, te continuem a chamar gorda. Dói que depois de dares o teu máximo, nunca seja suficiente para as pessoas que mais amas. Dói, simplesmente.
E eu acumulei muita coisa ao longo destas semanas, muita coisa que quero soltar, e que não posso, porque eu é que sou a dramática, elas é que são as coitadinhas.
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