sábado, 9 de maio de 2015

Erro


Escrevo a lápis para poder corrigir erros

Sem sucesso porque continuo a cometê-los.

E em vez de os resolver

Passo-lhes por cima e depois é que vou ver

Quando já cresceram ao ponto de me destruir.

Aí é que eu os tento extinguir,

Sem sucesso.

Eles são sempre os últimos a rir.

(Custa-me a acreditar.

Não consigo parar de pensar que amar é como matar:

Os planos, as expectativas, é tão bom sonhar.

Mas amar em si , tal como matar,

Faz-nos querer atirar

De uma ponte, sem nunca olhar para trás.)

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