sexta-feira, 26 de abril de 2013

Será que entrego?

Colapso Mental
Sinto que só fazes as coisas para me agradar.
Se for esse o caso, deixa-me, e parte, livre.
Não busco uam relação que se baseie em ordens, em leis, em poder.
Quando disse aquilo ao Ricardo, podias ter idon na mesma. Não precisavas de esperar que eu saísse da sala para ires. De que é que tens medo? De te impor perante mim? Sabes bem que sou fraca, logo não te desafiaria. Ao teres ido apenas quando saí da sala, demonstra que fazes as coisas em busca de me agradar. Não sou os teus pais, nem os teus professores, não busco uma relação que nos prenda, e que nos faça viver debaixo de um certo teatro.
Quero que TU sejas feliz, e se isso for sem mim, não me devias ter dado a esperança que me deste.
A minha realidade é: eu amo-o, ele ama-me, e nós somos felizes.
Mas será essa a TUA realidade?
Como já disse, não te quero prender, o meu amor é ndemasiado forte para ser egoísta a esse ponto.
Eu sei que muitas das vezes as coisas que eu faço podem ser sufocantes, mas isso é porque te amo.
É impressionante como ninguém consegue ver que eu estou mal, como são fúteis ao ponyo de ignorarem os meus gritos.
E tu? Ignoras os meus gritos, ou simplesmente não os ouves? Será que és como os outros, e eu estarei cega?
Não. Tu não podes ser como os outros. Não podes. Não és.
Fartaste-te de mim, foi isso?
Já não te lembras como deves lidar comigo?





Honestamente, não lhe falarei deste assunto. Percebi que estava a pensar demasiado.
Ou talvez até devesse falar com ele, eu não sei.
Também, ninguém ouve os meus gritos, ninguém os entende, ninguém me ajuda.

domingo, 14 de abril de 2013

Raiva Interior

Passados 4 dias, cheguei eu ao facebook.
Deparo-me com esta situação: o meu pai publicou um vídeo no meu mural.
Quando vi, pensei que fosse para eu me rir, mas não, não era, ele tinha mesmo publicado um vídeo intitulado ''ser feliz é simples'' no meu mural do facebook.
Há muitas coisas que eu tolero, como quando ele publica cenas estúpidas no meu mural, ou põe na net fotos minhas em que pareço um mutante, mas aquilo não.

O problema do meu pai é que acha que eu quando não estou a sorrir, estou triste.
Pois bem, se fossemos a seguir essa lógica, eu nunca o vi feliz.
Quando vi o titulo do vídeo, nem me dei ao trabalho de o abrir, apaguei logo a publicação.
Mas eu vou-vos explicar o quase-de-certeza porquê daquele vídeo no meu mural.

Na noite passada, eu e o meu pai discutimos.
Eu juro que vi a porra da malga da sopa a andar, eu vi o que vi, ponto.
O problema é que, de acordo com ele, não houve nem um movimento.
(Já estão a ver a situação...)
Depois de eu lhe dar a razão, ele ainda goza comigo. Puxa a toalha e diz assim, para a minha mãe:
-O que é que se mexeu, a toalha, ou a malga?
E a minha mãe responde:
-A toalha.
-Então, é impossível a malga mexer-se, certo?-disse o meu pai.
E após isto, lançou uma gargalhada muito alta em decibéis, e muito alta em estupidez.

Eu sei que ele é meu pai, mas às vezes não sei o que é que me apetece fazer-lhe.

E então, o meu pai pensa que eu penso que não sou feliz.
Não pai, eu sei que sou feliz, mas tal como o mar, também tenho os meus dias de revolta.

 Um dia, em português, tivemos de fazer uma carta a pedir desculpas para uma pessoa à nossa escolha...
Adivinhem lá para quem é que eu fiz...

Dia 19 de Novembro de 2012
''Pai, sei que tu tentas esquecer as discussões, aquela manhã em que a mãe te contou aquilo dos comprimidos, sei que tentas esquecer. Sei que nem sempre demonstro que te amo, mas eu amo-te, e bastante, por mais que diga que te odeio.
Peço-te perdão por todas as vezes que te chamei nomes que não gostaste, por todas as vezes que te afastava quando me ias dar um abraço, pelas vezes em que me pedias um beijo e, em vez disso, te dava um estalo. Peço-te que me perdoes se te fiz sentir um monstro, nunca foi essa a minha intenção.
Mas eu estou magoada. Eu sei que te afastei, mas que não devia ter feito tal. Também sei que sou eu que te deixo nervoso, preocupado, zangado. E isso magoa. Ter consciência de que fazes algo errado, e não conseguires mudar... Sei que sabes que sentimento é esse.
Estou a ficar sem energias, na esperança que me perdoes, na esperança que me vejas como tua filha, não como um simples ser humano. Isso dói, sabes?
Mas eu não desisto, e estou sempre à espera de que entendas que mudei, que me dês perdão por fazer certas coisas, mas tu simplesmente não queres perdoar-me.
Eu volto atrás cada vez que discutimos, e lembro-me de nós, a construir a esquadra da polícia da Lego juntos, a mudar-mos aquela porra toda, felizes. E depois lembro-me de quando era pequenita, e tu me trancaste no quarto só com um copo de água, e me obrigaste a ficar lá. E depois lembro-me de quando te ris. E depois começo a chorar. E depois passa a noite e no dia seguinte é como se nada tivesse acontecido.''

Ele nunca leu a carta, nem nunca virá a ler, porque por mais coisas que eu lhe diga, ele é o único que tem razão, ele é o único que sofre, e as outras pessoas são só peças que têm de funcionar como ele quer e deseja, senão a tela fica borrada, e o menino aborrece-se.

Sabes pai, o que tu me dás a entender, a cada dia, é que não és feliz.
Mas tu és feliz.
Só não o sabes ver, pois estás mais preocupado com a tela que construíste mentalmente.

Acho que sem mim e sem a mãe, a tua tela estaria melhor, porque estaria em BRANCO.
Sem erros, sem borrões, sem linhas fora do sítio. Só tu e um grande VAZIO.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Tempo

Eu escrevi este texto em Novembro do ano passado, numa altura em que andava revoltada com tudo. Foi quando as pessoas me começaram a dizer que me estava a isolar, que não era a mesma.
Neste dia chovia como tudo, e eu chorava, sendo disfarçada pela chuva. A dor que eu senti nesse dia é incomparável.
Hoje achei que era altura de o publicar aqui, e de o mostrar ao mundo.

''Um dia disseram-me que as coisas desaparecem com o tempo...
Bem, quem o disse, tinha razão.
É verdade, as coisas desaparecem com o tempo...
Eu sou uma coisa, e estou a desaparecer com o tempo.
É verdade, eu sei, tenho razão.
Mas o que é o tempo afinal?
É horas, é minutos, é segundos, é momentos,... O tempo é a única coisa que acaba mas que nunca tem fim...
Para nós, o tempo está sempre a acabar e a recomeçar, mas no fundo ele nunca pára, nunca acaba.
Ele é infinito mas finito.
Até se podia dizer que ele é como a chuva: acaba, mas há sempre mais. Pode não ser logo, mas há sempre mais.
As minhas "amigas" não são minhas amigas. São o meu tempo, pois estão sempre a acabar e a voltar, como se houvesse sempre algo que podíamos fazer melhor. Como se a esperança não tivesse fim.
A esperança é outro tipo de tempo: acaba, mas não tem fim.
No fundo, tudo é tempo.
Dizem que nunca é tarde para se ver um pássaro voar, mas quando olhamos, ele já desapareceu.
Será que o pássaro voou demasiado cedo, ou tu olhaste demasiado tarde?
Adivinha, olhaste tarde, demasiado tarde até.
E depois, tentas raciocinar porque não encontraste o pássaro.
Talvez porque não era um pássaro, mas sim uma pessoa, uma pessoa do qual agora tens saudades, do qual agora sentes falta, do qual precisavas para ser feliz.
Talvez o tempo tenha voado, e essa pessoa também.
Talvez tudo se tenha perdido, ma sé só um talvez...''


Os pássaros raros, os pássaros belos, os pássaros do qual gostamos, nunca esquecemos, nunca esquecemos a primeira vez que os vimos, a última vez com que falámos com eles, não esquecemos, e o mesmo acontece com as amizades.
Há momentos em que gostava de voltar atrás, e nunca ter formado certas amizades, pois esses pássaros raros voaram, e não me esquecer deles, tem-me dado um grande aperto no coração.