sábado, 25 de maio de 2013

I give up

Esta Sexta-Feira, foi um dia atribulado para o meu corpo, e para o meu coração.
Bastou uma pessoa chamar-me enjoada, e toda uma cadeia de acontecimentos fez-me descarrilar.

Isto já vem tudo, de uma coisa que aconteceu antes das férias da Páscoa.... Eu estava cansada de me sentir mal, de me sentir usada pelo meu melhor amigo, e cortei a nossa amizade. Nunca pensei que fosse chorar tanto quanto chorei em certos dias, após isto.

As discussões, em minha casa, nestas últimas semanas, agravaram-se, e ver a minha mãe chorar foi a última gota. Só me apetecia bater na minha avó e depois fugir. Obviamente não bati na minha avó, mas guardo vontade de tal.
A vontade de implicar comigo, do meu pai, também parece ter aumentado, e eu estou cansada de chegar a casa e o ouvir dizer: ''ah, nem é preciso dizer nada, chegas a casa, deixas logo de sorrir''. E também estou farta de que os meus bons de 88 e 89 porcento nunca sejam suficientes.

Depois, não podendo descarregar em casa, cheguei à escola, e descarreguei no meu namorado. Temos-nos vindo a afastar, e custa-me a acreditar que possa mesmo perdê-lo.

Na Sexta-Feira, eu e o meu ''melhor amigo'' estávamos a fazer o trabalho de Ciências, e ele deu-me a pen dele, e disse para eu não abrir a pasta Private, que lá tinha pornografia. Ele foi ter com o outro grupo, que também estava  fazer o trabalho, e disse que tinha vídeos pornográficos. Uma colega minha queria os vídeos, só que o pc deles estava lento. Ele trouxe a pen dela, e eu disse: "amiga x, só tens os vídeos depois de eu acabar o que estou a fazer, tábem? Kisses." Ela, ao invés de dizer ok, diz baixinho: ''Enjoada''.

Fiquei revoltada, e fui falar com os outros dois membros do meu grupo.

Passado um bocado, estava a falar com o meu m.a., e comecei a chorar.
Porquê?
Porque a pressão e os problemas que vêm de casa fazem com que eu passe o dia completamente stressada, o que afasta TUDO e TODOS de mim. E depois levar com os problemas dos outros em cima. E depois levar sermões por coisas que não fazem sentido. Ver discussões a acontecerem, e eu sem nada podes fazer. E acima de tudo, o meu namorado não reparar que eu estou mal.
Naquele momento, apeteceu-me agarrar na caixa dos comprimidos, ou fugir.
Podia ter sido uma outra pessoa qualquer a chamar-me enjoada, mas a amiga x, eu pensava que ela era deveras minha amiga, e que sabia como eu sou, e que depois de tudo, sabia pelo que eu passo.
O meu m.a. armou-se em rambo, e chamou o meu namorado. Tecnicamente, tentei não dirigir a palavra ao meu namorado, independentemente de ele estar farto de me perguntar o que tinha. Naquele momento não queria falar com ele.

À tarde, tentei explicar tudo ao meu namorado. Ele disse que quando eu me sentisse mal, que fosse falar com ele.
Isto accionou uma imensidão de coisas que eu sentia, e finalmente lhe disse a verdade. Finalmente lhe disse que quando falava com ele, sentia que ele não me ouvia, que ele me ignorava. Finalmente lhe disse que me sentia piro cada vez que reparava que ele não queria saber se eu estava bem, mal, ou se ele não entendia se eu estava bem ou mal.
Eu perguntei-lhe se ele sentia o mesmo que eu, se ele sentia que a nossa relação tinha regredido.
Ele disse que sim.




Dói quando percebes que tudo onde te dedicas está em ruínas. Dói quando percebes que quando precisas de um abraço, muitas vezes não to dão. Dói quando gritas bem alto, e ninguém te ouve. Dói ter de puxar as lágrimas vezes sem conta, mas elas descerem-te a cara na mesma. Dói que mesmo depois de uma dieta rigorosa, te continuem a chamar gorda. Dói que depois de dares o teu máximo, nunca seja suficiente para as pessoas que mais amas. Dói, simplesmente.
E eu acumulei muita coisa ao longo destas semanas, muita coisa que quero soltar, e que não posso, porque eu é que sou a dramática, elas é que são as coitadinhas.

Carlos Drummond-Parte II

Certas Palavras (editado)

Certas palavras são ditas
Quando o coração se começa a cansar.
Outras são ditas
Quando as coisas começam a resultar.

Certas palavras não são usadas
Como devem de ser.
São ditas em vão
E acabam por se perder.

Perdidas no mundo
Acabam nas bocas erradas,
Acabam tristes devido ao modo como foram usadas,
Acabam magoadas.

Elas que buscam
Ajudar as pessoas a expressarem-se
Sentem-se inúteis quando mal usadas.
Sentem um peso nas suas sílabas,
Porque ao invés de trazerem paz
Trazem  lágrimas.

Pobres palavras,
Acabam postas no lado errado da balança
Pesando
Mostrando o quão mal usadas são
Mas enfim, sendo ignoradas então.

Carlos Drummond-Parte I

Dois Rumos (editado)

Mentir, eis o problema:
Acabamos omitindo a verdade
E criando um dilema.

Se mentíssemos todo o dia
Na realidade ninguém viveria.
Seríamos animais, sem amor,
Sem piedade, trazendo inocência em excesso
E desequilibrando a balança da humanidade.

Pensarei ainda nisto,
Mas minha conclusão
Acabei de tirar:
Mentir é para os fracos,
Mentir é a falta de enfrentar
O que é óbvio que se irá passar.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Guerra

Trago-vos, de novo, poesia da aula de Português.
Eu agora não tenho escrito muito.
Também vos trago uma novidade: eu e o meu namorado comemorámos hoje o nosso primeiro aniversário :)

Bem, aqui vai o texto:

Bombas explodem,
Pessoas morrem,
Corações param de bater.
E continuo sem saber
O que fazer,
O que dizer.
Coisas sem sentido
É o que está a acontecer.

Dias passam
Mantimentos escassam
Vidas correm
Pela sua existência
E com resistência
Buscam ripostar
Sem nada com que lutar.

Isto são respostas para perguntas
Que nem existem
Respostas sem sentido.
O que falta é paz.

A simples necessidade
De se exprimirem
Causa mil e uma coisas
Que a outros atinge.

Muitos se esquecem
Que isto é real
Que isto tem consequências
Que isto vai acabar mal.

As pessoas que eu conheço
Dizem que não são felizes
Dizem que têm problemas.

O que elas criam são dilemas
Coisas míseras
Ao qual elas não deviam dar importância.
Algumas admito
Sentem uma verdadeiro dor
Mas o resto é tudo atrizes
Apenas dando show.

Se pudesse bater em algumas
Até batia
Mas será que as traria à realidade?
Tal forma de reagir
Não adiantaria.

É verdade
Não há nada que eu possa fazer
A não ser a tudo assistir
E por dentro
Apodreço.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Vento

Hoje, na aula de português, a setora mandou-nos fazer poesia.
É do género, eu sou mais de prosas, mas até saiu algo bonito.

"O vento sopra
levando ar a quem precisa,
levando liberdade com uma pequena brisa.

Encantando quem o vê,
quem o sente,
quem lhe mente,
quem lhe chama de perigoso,
apenas porque é misterioso,
porque é algo por descobrir,
algo que muitos procuram omitir.

Mas no fundo
ninguém o é capaz de admitir,
mas a sua brisa,
o seu toque,
é e sempre será
algo bom de se sentir,
algo bom que poderá sempre vir."

E prontos, como já deu para perceber, eu até sei fazer coisas bonitas ahah :)

Maybe

Decidi navegar numa direção diferente.
Vou deixar de vir ao computador todos os dias, não me serve de nada.
Vou-me dedicar a coisas que importem.
Decidi que tenho de mudar .

Vou começar a deixar de me preocupar com tudo.
Se as coisas são assim, quem sou eu para as mudar?
Vou viver a minha vida, e desta vez é a sério. Começo hoje, já.

Todos pensam que eu sou a stressada, e sou, mas sou por minha culpa.
Afinal, a única pessoa que me manda preocupar, sou eu.
Tudo o que existe na minha realidade, foi criado pelo meu subconsciente, e tenho de ganhar noção disso.

Tenho de modificar a minha forma de pensar, vou revolucionar-me.